Loeffler,em seu apreciado blog Praia de Xangri La, reproduz matéria de Janer Cristaldo sobre viagens. Vale a pena ler - http://cristaldo.blogspot.com.br/
Achei genial uma frase ali dita: não vou mais a lugares que não conheço.
Bingo.
De minha parte, como as passagens se tornaram muito baratas e portanto gentes que nem sabem outra língua afora o " brasileiro" puseram-se a colocar sua indefectível calça jeans ( brasileiro se conhece pelo uniforme que é a calça jeans ), seu celular para narrar em tempo real aos seus inimigos as peripécias das viagens e se vão para Punta Cana, Panamá, Miami, Disney e outros destinos funéreos, como dizia, eu, de minha parte tomo o cuidado de nem passar perto desses destinos.
Como sou um homem de mais de l,85 m e meio fortote, sou obrigado a viajar na classe executiva, onde posso nanar ao comprido e ficar só comendo e bebendo bem toda a viagem. Como é que vou me infligir a mim próprio uma tortura como essa de virar sardinha?. Reduzi, portanto, minhas viagens a só uma por ano e estou no lucro.
Excursões, nem pensar. Eu quero sair do Brasil e não ficar entalado num ônibus que se transforma num Brasiuuu ambulante em que sempre tem um que chega atrasado, sempre tem um que complica, sempre tem uma tonta que se perde.
Quase não levo bagagem. O que me faltar compro lá no destino. Capaz que vou comprar coisas para trazer. Então é mais negócio ir para Rivera. Cansei de deixar o excesso de bagagem no aeroporto, pois não vou ficar arrastando tarecos, pois sou o mimoso da Ludmila e não posso me incomodar.
O que não me pode faltar é me sentar à mesa de um bar onde os turistas não vão e conversar com as pessoas que moram no local. Isso, sim, para mim é turismo. Gosto de ir aos restaurantes bem simples e limpos onde as famílias locais vão.
E um ano antes de escolher meu destino estudo bem a geografia local, os costumes, o sistema logístico.
Assim que, quando chego já sei o que quero e o que não quero.
E sem correrias. Um ou dois lugares de cada vez.
E procurando me comportar, dizer obrigado, pedir licença.. essas coisas.
Mas eu e tu, caro leitor, cara leitora, somos anormais.
Então deixêmo! Certos estão os que no Blue Note urram pedindo música brasileira e em Paris querem feijoada.