Permitam-se regredir alguns anos no tempo. Naquela eleição que o Jair Soares ganhou depois que o Simon entregou a rapadura antes do tempo , refugiando-se em Rainha do Mar, eu trabalhei como Juiz Eleitoral no Gigantinho, onde se faziam as apurações manuais.
Ali vi o PT ainda bebê. Em cada urna havia no máximo uns 2 ou 3 votos do PT. Mas a militância fiscalizava de cima e brigava por cada voto.
Depois surgiu o PT com sua militância pura: eram senhores aposentados misturados com velhinhas e jovens, todos com a bandeira do PT feita em casa mesmo. Militância mesmo, não aquela " profissional" dos outros partidos. Foi nessa época que passei a simpatizar com o PT.
Mas o tempos foram passando e como sói acontecer em tudo, as lideranças antigas não deixaram florescer novas. Foi assim na Arena, no PP, no PMDB de Simon, no PDT de Brizola e Collares. E, mais ou menos, foi assim no PT de centenas de correntes internas.
A militância petista espontânea quase que sumiu das ruas de P. Alegre e muitos migraram para partidos mais à esquerda, como o PSOL. Nesse entrevero o meu amigo Villa, gente fina, bom caráter, naufragou.
A bela Manuela deu um nó na cabeça de sua legião de jovens e apaixonados seguidores ao namorar com setores muito à direita do que os eleitores do PC do B e adjacências gostariam. Foi ali, por exemplo, que ela perdeu o voto do meu Rudolf, que foi de Fortunatti.
Tivesse Manuela um pouco menos de ansiedade e teria aceito concorrer de vice do Villa.
Não teria se chamuscado tanto.
Com a eleição de Fortunatti embaralharam-se as cartas para daqui a 2 anos.
Mas isso só mais tarde dá para se falar. Agora é hora de uns firmarem posição e outros limparem as gavetas.