segunda-feira, 15 de outubro de 2012

NOVO HERÓI E NOVO VILÃO NO SUPREMO. DEVAGAR COM O ANDOR.

Certo dia, no programa da TV Pampa, reclamei do Paulo Sérgio que  não havia uma certa ordem nos debates. Ao que ele me disse: " mas tens que  entrar firme".  Redargui: " desculpe, mas me criei entre violinos, pianos e as salas dos Tribunais".
Correm pela Internet loas a um dos ministros do STF, como " este sim, um juiz altaneiro!", " este sim um com coragem", " este sim, para Presidente!".
E, de outro lado, vitupérios para outro dos Ministros, que meu pudor não permite que publique, dado o sacrossanto respeito que tenho pela toga.
Menos mal é que esses exageros provêm de jejunos na ciência jurídica, gente que inventou o fogo e a roda. Que nunca abriu um compêndio sério, que se formou num fundo de quintal.
Pessoalmente acredito na integridade moral de todos, sem exceção, juizes do nosso Excelso Pretório.
Gostaria, no entanto, humildemente, de repetir que considero  mais fácil condenar Jesus, por cuja morte a turba urrava e soltar Barrabás.
Difícil é você, como juiz, ter a coragem de  julgar a causa em favor de um poderoso contra o menos afortunado, caso o primeiro tenha realmente razão. Difícil é você absolver quando a " opinião pública" já condenou.
Juiz verdadeiro não joga para a torcida.
E  nisso não estou fazendo alusão a ninguém em especial.