A cada ano que vivemos nos tornamos mais sentimentais. Eu poderia hoje falar na minha mãezinha, viva e forte aos 92 anos.
Mas quero dedicar umas linhas a alguns tipos de mães que me impressionaram na vida.
As mães dos presos. Quantas vezes, como magistrado, recebí mães que vinham suplicar pelo filho, como se elas fossem culpadas de tudo. Uma ou duas, na sua ingenuidade e simplicidade, até sugeriram elas cumprirem a pena no lugar dos filhos.
As mães dos presos nunca esmorecem, mesmo quando a esposa e os filhos os abandonam.
As mães dos doentes graves. Quanta solidariedade, horas e horas em vigília ao lado de um leito de Hospital, segurando a mãe do filho, rezando, sem demonstrar nenhum desalento.
As mães pobres. Que se privam até de comida para que a filha adolescente possa se vestir um pouco melhor.
As mães solteiras, que tem de ser pai e mãe ao mesmo tempo.
E minha grande homenagem vai às mães que sabem dizer não a um filho rebelde. Essa, a meu ver, é a palavra chave , pois já está provado ser um erro aquela do " eu quero dar tudo o que eu não pude ter a meu filho".