quarta-feira, 19 de outubro de 2011

PROSSEGUINDO NA ÁGORA VIRTUAL

Meus queridos amigos!
Apesar da intimidade que desfrutamos em razão da nossa sincera amizade, permitam-me especialmente hoje dirigir-me à vós outros com toda a pompa e circunstância devido à relevância do tema aqui tratado, que reclama por uma atmosfera de seriedade pela carga de dramaticidade que o tema está impregnado.
Quanto às causas e soluções para o problema da criminalidade, apesar da minha formação em Direito não me considero um cientista nem pesquisador na área da criminalidade. O pouco que sei decorre da experiência cotidiana adquirida na prática da advocacia criminal quando no início de carreira há três décadas.
Não discordo em nada do que foi mencionado pelo Reverendo Silvio Meincke, a quem dirijo uma especial saudação, contudo, penso que as causas da criminalidade não se restringem a injustiça e a mora social, não fosse assim, a Índia com desigualdades sociais iguais ou até maiores que as do Brasil, seria um país com elevado índice de criminalidade e não o é.
Podemos lembrar ainda da China quando a sua situação econômica e financeira era precária e havia fome, porém, a criminalidade lá era ínfima.
Uns poderão dizer que, na Índia é a religião e na China o governo de força, que mantém o povo na linha, pode ser, mas ainda tenho minhas dúvidas.   
Basta ver que o homicídio já aparece relatado desde a mais remota antiguidade conforme registrado no livro Gênesis, noticiando que Caim assassinou friamente o seu irmão Abel.
O Antigo Testamento registra inúmeras outras ocorrências de crimes de morte, estupro, fraude, roubo e extorsão, além de crimes de Estado cometido por monarcas.
Aliás, peço permissão para abrir um parêntese e registrar a minha alegria pela mensagem que me foi enviada pelo dileto Alfredo Foerster sobre a visita de Jesus à Marta e Maria e pudemos meditar sobre a “Síndrome de Marta”, um bom tema para reflexão e que poderemos voltar a tratar em outra oportunidade.
Retornando ao tema desta exposição, cito um caso bem emblemático narrado na Bíblia que é a história de José, filho de Jacó, que quase foi assassinado pelos próprios irmãos, movidos pelo sentimento de inveja e raiva por ser José o filho preferido de seu Pai, mas na última hora, devido à interferência de um dos irmãos, abortaram o plano de assassinato, mas o venderam como escravo, tipificando os crimes de seqüestro e tráfico de pessoas.
A história de José é um relato que envolve traições, deslealdades familiares, mas também envolve perdão e bênçãos, o que mostra que nem tudo está perdido e que ainda há salvação para homem, que há um plano, um projeto, uma estratégia divina para resgatá-los das trevas para a luz.
A vida de José é muito rica e pode ser melhor conhecida no livro de Gênises a partir do capítulo 37.
Em trinta anos de militância na área jurídica não encontrei respostas quanto às causas e soluções para a criminalidade. Tais repostas encontrei na Teologia, mas é uma ótica muito pessoal que mistura ciência e espiritualidade, não tenho a pretensão de impor minhas convicções pessoais a ninguém.
Para quem estiver interessado no estudo da criminalidade a partir dos registros Bíblicos eu recomendo uma interessante obra literária intitulada “Histórias de Crime na Bíblia”, editado pela Sociedade Bíblica do Brasil.
Abraços.
Rogowski
----------------------------------------------------------------------------------
Rogowski, meu caríssimo amigo,

não sabes quanta alegria trouxeste a mim hoje, tudo decorrente destas tuas bem enfocadas posições, as abaixo tecidas !
Há tempos, por haver um vitral (com as figuras de Jesus, Marta e Maria) na nossa igrejinha local {tombada} (a primeira era de madeira; e datada de 1828);
e tbm considerado que um par de anos passados, num sermão (luteranos usam prédica) ouvi - casualmente - uma pastora-sic- abordar o tema antes declinado:
Jesus com Maria e Marta. A partir daí, esta 'situação' do Novo Testamento a mim simbolizou como que a tratar-se de uma homenagem, sempre atualizada, às mulheres, em geral.
Interessante tua abordagem "..síndrome de Marta" . . Não havia pensado sob o prisma apontado; deveras curioso e didático. E como existem exemplares de Martas e mesmo de Marias !
 . . .
Uma outra grande figura feminina, agora retirada, extraída do Antigo Testamento, seria a mãe de Moisés ( Joquebede [não olvidar que o pai dele era Anrão], mas deixo de incidir e
adentrar em mores detalhes, já que estou a tratar com um perito em teologia, João-Francisco, pois ela era uma verdeira heroina da época, considerado o intuito e modo intimorato que então a moveu para salvar seu rebento varão da sanha sanguinária dum faraó vingativo.
 . . . .
[Feliz tua abordagem de José e seus irmãos, mas o meu enfoque era - precipuamente - sobre as figuras femininas e maternas, neste dado momento!]
 . . . .
E é claro que jamais se poderia esquecer a mãe de todas mães _ Novo Testamento _ que foi Maria, sagrada mãe de Jesus Cristo; creio prescindível qualquer menção e comentário a acrescer sobre ela.
 . . . . .
Enfim, e sem mais delongas, Crimes na Bíblia, no mínimo curiosa, a temática ...... Não cogitara nisso ainda !
Foerster