Vinha caminhando com meu filho Rudolf em direção ao Marinha para jogar um futi, quando ele me disse que alguns colegas de colégio estão pedindo transferência para outros, com medo da reprovação.
Ele, no começo deste ano letivo, tivera um início de apreensão, pois viera transferido do interior e tinha algumas dificuldades de encaixe.
Na ocasião lhe disse que, em minha vida de juiz várias vezes me deparei com volumosos processos, os quais me causavam medo e receio, pois encerravam matéria complicada. Ao invés de os deixar mofando na pilha, os dissecava por dias e dias, até dominar a matéria e sentenciar com tranquilidade e firmeza.
Disse-lhe, pois, que fizesse o turno inverso. Vale dizer: de manhã aulas e de tarde as recuperações. O resultado foi alvissareiro, acompanhado de algumas olheiras e outras renúncias ( como internet, tv , etc.).
A toda hora ouço choradeiras de alunos acusando seus colégios e faculdades que " não os aprovaram no vestibular", que " não os aprovaram no exame da OAB".
A verdade nua e crua é que nem todas as pessoas tem fibra, pertinácia, garra, para estudar com afinco.
É mais fácil acusar os professores.
Depois vão acusar os políticos, os jornalistas, os amigos e, bem no final, a própria família, por um fracasso que é só deles.
Não dá para almoçar e assoviar ao mesmo tempo. Não tem como progredir sem muito, mas muito esforço.
E os pais, ao invés de ficarem de lamúrias em reuniões de colégio, sentem com seus filhos e os ajudem então a estudar. Nos livros e no Google tem tudo. Professor é só para dar o retoque.