O grave problema da " civilização" dos humanos é cultuar falsos problemas ou falsos dilemas e ainda não acumular, de geraçao em geração, os consensos.
Como aquelas aluninhas chatas do tempo em que eu lecionava nas faculdades, colocar-se -ia o seguinte:
- não pode dar um exemplo, professor?
Ou aquele burrinho que melhor faria se fosse só surfista:
- pode explicar de novo, fessor?
Para vocês, meus leitores, que são inteligentes, bastaria dizer que a Deusa Lei é aquele ente que sempre nos salvará. Tem muito barulho no seu condomínio? Bota uma lei exigindo o silêncio. ( Quando o certo é educar aqueles bagaceiras a viver em comum, né mesmo?). Tem muito adultério? Crie-se uma lei proibindo os motéis e uma emenda constitucional proibindo a fabricação de camas, com possibilidade de entrega das mesmas num período, numa vacatio legis.
No caso de homem que gosta de homem e mulher que gosta de mulher, não seria preciso lei alguma. As leis já existentes e as grandes normas já garantem uma solução. A ninguém é lícito locupletar-se à custa alheia , os contratos também podem ser verbais, e por aí vai. Mas cada um faz o que quer de sua liberdade, desde que não crie gravame a outrem legitimamente interessado.
Essas discussões nem deveriam mais ter espaço em 2011.
Acontece que, ao contrário dos répteis e das bactérias, cujas " memórias" vão sendo transmitidas de geração em geração, (as novilhas de três anos têm suas crias sem assistência alguma, só com base na memória genética), nós humanos reinventamos a roda a cada geração, inclusive a relativização do Direito com os assassinatos e torturas seletivos.