UMA CASA DE TOLERÂNCIA
Saber tolerar é saber conviver com seus contrários. É ter a capacidade de entender pequenas diferenças para mais ou para menos. Nos dicionários a definição também segue no mesmo rumo: “respeito ao direito que os indivíduos tem de agir, pensar e sentir de modo diverso ao nosso”.
Dito isso é possível de se definir o Senado como uma casa de tolerância e aí não caberia sequer um mal-entendido ou uma segunda interpretação. Fosse o Senado uma casa de regras rígidas, severas e intolerantes não seria uma casa política onde todas as correntes do pensamento podem se expressar livremente.
Observem os leitores que dos 81 senadores brasileiros, 22 são réus ou estão sob investigação em ações penais ou, ainda, aparecem em inquéritos que tramitam no STF. Dos 22 em tais situações pendentes na Justiça, 14 presidem comissões técnicas permanentes, lideram bancadas ou fazem parte do Conselho de Ética\ ou da Mesa Diretora da Casa.
Aos 22 senadores com algum problema na Justiça, aparecem acusações tipificadas em 20 tipos de delitos: calúnia, injúria e difamação; crimes contra a Lei de Licitações; crimes contra a Lei de Responsabilidade Fiscal; peculato; crime eleitoral; crimes contra o sistema financeiro, meio ambiente, falsidade ideológica e improbidade administrativa.
Outros crimes apontados contra alguns senadores: trabalho escravo, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, crime contra as finanças públicas, corrupção e estelionato.
Nossos senadores, no entanto, podem dormir tranqüilos porque contra eles somente o Supremo Tribunal Federal poderá se manifestar, já que todos desfrutam do chamado foro privilegiado, um dispositivo constitucional bem brasileiro para julgamento dos membros do Congresso Nacional e do primeiro escalão da República.
Entre os senadores ninguém se utiliza dessa situação de 22 colegas para críticas pessoais ou discordâncias da tribuna e todos desfrutam o direito de ser chamados de Excelência. No Senado da República o exercício da tolerância e da presunção de que ninguém é culpado até sentença transitada em julgado são verdadeiras aulas de democracia que o mundo só tem a aprender conosco.
TUDO EM VÃO? (1)
Todos nós ainda estamos com as imagens bem presentes em nossa memória por ocasião da operação policial e militar que invadiu e expulsou os traficantes do Complexo do Alemão.
TUDO EM VÃO? (2)
De lá para cá houve uma pequena retração dos bandidos, mas havia previsão de que a saída dos traficantes deixaria um espaço para outro tipo de bandidagem, as milícias. E não deu outra.
TUDO EM VÃO? (3)
Pois agora já se sabe que as milícias estão controlando 11 conjuntos habitacionais do programa “Minha Casa, Minha Vida”, no Rio de Janeiro. As milícias mandam no abastecimento de gás.televisão a cabo e caça-níqueis.
TARIFA DE PROTEÇÃO
Segundo o jornal “O Globo”, as milícias cobram uma taxa de proteção de 10 mil reais de cada conjunto habitacional, além, é claro, do pagamento dos serviços de gás e televisão a cabo.
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DIGO EU AGORA: não te mixa Rogério velho de guerra. Tu andavas meio light demais...