quarta-feira, 27 de junho de 2018

PITACOS DA COPA 3

A sorte também ajudou ao Brasil. Houve três  momentos em que a Sérvia poderia ter marcado. A seleção brasileira, no entanto, mostrou força e talento.
Como disse um jornalista estrangeiro, parecia  um clube jogando.
Como eu sempre preconizei, futebol é jogar atacando. Quando o Brasil viu que não era negócio atacar mais, trocou passes, mas na cancha do adversário.
Gostei da atuação de alguns jogadores que, num momento de aprêmio, saiam jogando, não dando balões.
Não gostei do exibicionismo de alguns matando a bola de pé trocado ou sapateando como bailarina de cabaré.
México é um time imprevisível, mas é incomodativo e agudo.
Meus amigos da Alemanha, sempre apaixonados pelas firulas, babaram na atuação do Brasil.
Eu gostei.
Mas ainda acho que a melhor defesa é o ataque,
Coordenado, concatenado, responsável.
Mas, clareou, TRUVISCA em gol!!!
Bronca grande vão ser Inglaterra e Bélgica.

FUTEBOL PARA OS LADOS: EU NÃO DISSE?

Gente, quem vos fala é um zagueiro que , com o glorioso Tramontina, formou em Santiago uma dupla que sabia jogar. Isso no século passado. Naquela época o futebol era com a cabeça levantada e quem desarmava largava logo para quem sabia driblar e avançar.
Eis o que escrevi ontem no meu blog:
Acho que essa Copa marca a morte do futebol com toques eternos para os lados."
Não há mais ninguém bobo. Rezo para que o Brasil jogue para frente e, quando clarear, truvisque em gol.
Um amigo da Alemanha me perguntou: o que houve que demos esse vexame? respondi:
- es gibt nicht mehr Sieg vor dem Spiel!
( Não há mais vitória antes do jogo)

segunda-feira, 25 de junho de 2018

PITACOS SOBRE A COPA II

Vou dizer duas coisas que me encantaram na Copa.
1- As criancinhas que acompanham os jogadores
2- Os times da Colômbia e do Uruguay
As criancinhas são lindas, bem arrumadas, cabelos muito bem cortados, bem comportadas, disciplinadas.
Reparem no seu ar de devoção ante os jogadores. Elas, como se os jogadores fossem de sua propriedade , os guiam até o campo. As meninas são as mais vivazes, arriscam um olhinho para os lados, são decididas na hora da retirada.Crianças bem cuidadas.
A Colômbia até aqui mostrou um futebol alegre e vistoso. Arte pura. Até pode se esmaecer ali mais adiante. Jogam com alegria e pra frente. Não como os Vikings, que iam  de machadinha na mão pra frente.
O Uruguay é meu segundo país. Que gente corajosa e intimorata. Não se " achicam " nunca. Se continuarem assim, vão incomodar.
Acho que essa Copa marca a morte do futebol com toques eternos para os lados.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

CURTO MUITO FICAR SOZINHO

Claro que procuro ser sociável, mas nunca escondi que preciso de minhas horas para ler, meditar, refletir. E, realmente, nunca fui espaçoso, gritalhão ou integrante de multidões e ajuntamentos. Respeito quem pensa diferente, é claro. Mas nunca entendi alguns conhecidos que amaldiçoam os domingos por não poderem se reunir com a patota, sendo obrigados ao " suplício" de terem que ficar com a esposa e os filhos e, o pior, em casa. 
Vejam só o texto que recebi:


 TRAÇOS DE PERSONALIDADE INCRÍVEIS EM QUEM GOSTA DE FICAR SOZINHO.

Ao falar de pessoas que gostam de ficar sozinhas, focaremos naquelas que se sentem mais confortáveis fazendo atividades tranquilas do que em meio a muvucas e grandes aglomerados de pessoas. São indivíduos que geralmente têm também as características de personalidade listadas abaixo:
1 – SÃO PESSOAS LEAIS
Por não terem um grande círculo social, valorizam muito as pessoas que consideram importantes em suas vidas. São indivíduos que confiam em seus amigos e que são leais a eles.
2 – TÊM MENTES ABERTAS A NOVAS IDEIAS
Pessoas que gostam de ficar mais tempo sozinhas não são fechadas em termos de ouvir novas ideias e propostas. Não significa, por exemplo, que elas deixam de aproveitar a vida, de viajar, de estudar coisas novas, de desbravar lugares diferentes – muito pelo contrário!
3 – TÊM MENTES BEM ESTRUTURADAS
Passar mais tempo sem a companhia de outras pessoas é algo que nos permite analisar melhor nossas próprias atitudes, problemas e pensamentos. Pessoas que gostam de ficar sozinhas têm um bom senso a respeito de si mesmas e geralmente descarregam seus momentos de estresse de forma mais inteligente, por meio da autoanálise.
4 – ELAS GOSTAM DE SEUS PENSAMENTOS
Tem algumas pessoas que não suportam a ideia de fiarem sozinhas com seus pensamentos, mas quem gosta desses momentos de solidão não tem esse problema e costuma aproveitar os momentos de silêncio para avaliar seus próprios pensamentos.
5 – SÃO PESSOAS QUE ENTENDEM O VALOR DO TEMPO
Quem gosta de ficar sozinho compreende que esse tempo é importante para cada um e, por isso, não julgam os outros, quando querem ficar sós também. São compreensivos, portanto, e entendem que um tempo em privado para pensar, analisar alguma situação ou simplesmente recarregar as energias é mais do que normal.
6 – TÊM LIMITES FORTES
Esse tempo que passam sozinhas faz com que essas pessoas pensem sobre o que as motiva, o que funciona com elas e como elas devem se comunicar. Têm sempre um jeito claro e saudável de dizer o que sentem e costumam não ofender outros indivíduos facilmente.

domingo, 17 de junho de 2018

PITACOS SOBRE A COPA




Bem, já que os comentaristas esportivos só dizem:
Éeeééééé, O brasil , ééééé, o Neymar,...éééé, com certeza, sim, com certeza,  vou dar meus pitacos numa linguagem mais simples .
1-      A Alemanha sentiu o cutuco com a baita vaia que recebeu no estádio. Eu morei lá, tenho origem alemã. Eles carregam um “ Schuldkomplex” ( complexo de culpa) por causa dos acontecidos da Segunda Guerra.Os mexicanos espetaram no mol da barriga...
2-      O modelo espanhol e alemão não funciona sem um jogador driblador lá na frente. Só chacoalhar pra lá e pra cá não emociona mais nem o Fortes e Livres de Muçum.
-
O Braziu esqueceu de combinar com os russos, ops, com os suiços. O futebol voltou  ser um esporte de contato e de força. O jogador de perna fina e de um metro e meio de altura não tem mais chance, salvo se  for o Neymar no tempo em que era pobre. A vitimologia, o coitadismo, imperantes no Brasil, transferiram-se para a Seleção.
Vamos ver o que acontece mais adiante.
Éééée, com certeza, né, por conta de, éééé, 
Salve o Braziu, onde deus naisceu, sim, naisceu...

sexta-feira, 15 de junho de 2018

CONSTATAÇÕES DE UM FILHO AUSENTE

No meu tempo de interno no Kappesberg ( Colégio Santo Inácio em Salvador do Sul), a gente passava quase o ano inteiro sem ir para casa. Só no dia de Santo Inácio era facultada a visita de pais e parentes ( em julho).Voltava-se  para casa um pouco antes do Natal e se retornava em março. A comunicação, entrementes, era por carta. Nada mais.
Assim que, após 10 meses sem ver pais e irmãs, notava, perfeitamente, as mudanças faciais e corporais. Minhas irmãs haviam incorporado termos que eu desconhecia, meus pais me narravam  falecimentos e nascimentos , bem como novidades. Em suma, eu saía de uma bolha para uma esfera bem mais ampla. Pode ser que você que me lê neste instante pense: onde ele quer chegar?
Quero chegar à Santa Cruz de hoje, vista por um filho amantíssimo, que nunca deixou de expor seu orgulho por nascer e ter tido a infância e a adolescência nessa terra sagrada. Desde que me ausentei para fazer a vida em outras plagas visitava periodicamente a família, nunca permanecendo mais do que dois dias.Estacionava meu carro na frente da casa paterna na Tomaz Flores, entrada Linha João Alves, e praticamente não saía de casa. E fiquei por fora das atividades políticas, culturais, etc. Imaginem que até pouco tempo eu não sabia onde ficava a Unisc. As amizades de raiz, no entanto, permaneceram intocadas.
Agora que está me sobrando mais tempo comecei a ler a Gazeta todos os dias pela Internet e a visitar Santa Cruz mais amiúde.
Estou realmente extasiado. Não só pelo capricho, que sempre teve, mas pelo progresso que a mim parece bem coordenado, além da ímpar  cordialidade das pessoas. Esses dias fui abastecer minha caminhonete no Posto Nevoeiro e um senhor que me atendeu começou a falar comigo, denotando boa cultura e muita simpatia, coisa rara de acontecer.. Enfim, nas lojas, na rua, noto uma atmosfera muito mais descontraída do que em Porto Alegre.
A propósito, sábado passado, atendendo a um convite do Flávio Haas, fui jogar tênis com o pessoal do Trem das Onze. Um dia antes passei um “ watts” para o Luiz Dummer perguntando se podia estacionar na rua mesmo ou levaria o carro para um estacionamento.  Enfim, se não havia perigo de assalto. Dummer me respondeu: “ só se tu trouxeres o assaltante no porta malas ..”

Após os jogos houve um almoço, precedido de breves  ritos muito espirituais daquela confraria. Passei horas inolvidáveis de puro encantamento.Há quanto tempo não via um grupo orando antes de uma refeição. Que pessoal sereno e educado.  Espero voltar mais vezes a embarcar nesse trem do bem.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

O VALOR DA DISCIPLINA - PUBLICADO EM GAZETA DO SUL


O falecido historiador , poeta, advogado Nico Fagundes gostava muito de passar alguns dias na nossa fazenda. Eu até destinara uma égua bem mansa só para uso dele. Depois do AVC que o atingiu  era-lhe muito penoso cavalgar, de sorte que ele preferia ficar perto do fogo quando era frio e quando era calor. Mas eu era bem claro com ele: “ Nico, eu te busco em P. Alegre, te trago para a estância e te levo de volta. Mas  podes trazer junto só  uma pessoa”.  Minha intenção era ele realmente ter paz, escrever, ler, cochilar,dormir quando lhe desse na telha.  Era de fino trato e sua formação  enciclopédica. Vez por outra eu convidava amigos para as tertúlias. Mas os grandes momentos foram as charlas a dois, máximo três..Um dia  ele deu um sorvo do vinhote que bebia e me falou: “ Alemão, tu já viste alguém que serviu de milico no quartel, falar mal daquele tempo?”  Realmente eu também nunca testemunhara uma queixa.
É que nos quartéis impera a disciplina. Isso é  fundamental. Sem isso, impossível se pensar em Forças Armadas . E concluímos os dois, naquela noite de frio, que a disciplina é indispensável em todos os lugares. A começar pelo lar, passando pelas escolas, clubes, empresas, ruas, estacionamentos.
Nos lares está visto que em muitos  reina quase absoluto o “ laissez faire, laissez passer”. Geralmente o mote é : “ meus filhos não vão passar o que eu passei, vou dar tudo o que eles pedirem ,não vou proibir nada”. Pois eu decidi, assim que nasceu meu primeiro filho, fazer da minha casa uma caserna, no bom sentido ( bah, já sei que vêm patrulhas do politicamente correto). Acho que não errei porque estão todos colocados, formados e não se queixam do fato de  não ter “ floxado” para eles. Um filha minha, a Milène, que é juíza de direito, é ainda mais rigorosa do que eu era.Terna, mas enérgica.
Onde quero chegar com toda essa arenga?
Naquilo que disse no recente artigo que aqui escrevi! Não há mais autoridade em nosso país que é super indisciplinado. Tenta bloquear uma rua em Londres, New York ou Tel Aviv para ver o que te acontece! Aqui as autoridades vão aos tribunais pedir licença, sim pedir licença para cumprirem seu dever, como se isso fosse preciso.É  o medo de cumprir seu dever  e ser acusado de “ abuso de autoridade”.  Sucedem-se  tratativas e mais enrolações, enquanto o povo sofre.Como diz meu amigo Tito Guarniere , “Se uma categoria pode assim agir, botando de joelhos o governo, mantendo-nos como reféns de suas vontades, paralisando o país, então todos podem”. Ora, ora, quando alguém se candidata para exercer uma função, deve saber que há os bônus e os ônus. ( Abraços para  Fernando Bartholomay e  Eliceu Scherer)

sexta-feira, 1 de junho de 2018

INTERVENÇÃO CIDADÃ - ARTIGO DE FERNANDO DE OLIVEIRA





A única intervenção que sempre defendi como solução para os problemas da falta de representatividade, da corrupção que massacra nosso povo, das negociatas obscuras e dos acordos nebulosos que permeiam o mundo político é a INTERVENÇÃO CIDADÃ, onde o povo faz a sua intervenção na política com o voto consciente, escolhendo bem os seus representantes ou se colocando como candidatos para dar vez e voz aos anseios de nossa população. A sociedade brasileira dia após dia se conscientiza mais sobre a necessidade da emancipação do cidadão como protagonista do processo político e da tomada de decisões sobre os rumos para o Brasil. Essa é a única intervenção que realmente pode resolver alguma coisa. A democracia é uma conquista que devemos sempre defender. Ela é a única ferramenta que temos para lutar contra a classe política dominante que destruiu as empresas públicas brasileiras com indicações políticas, com populismo barato e com a corrupção desenfreada que alimenta o sistema nocivo de corruptos e corruptores. Por isso os políticos não gostam e não querem a renovação, a oxigenação e a reciclagem que deve ocorrer na política nacional. Mais do que nunca é necessário que os contribuintes, os cidadãos, os jovens e as mulheres precisam participar da política, lutar e defender uma ampla mudança de paradigmas. Essa mudança é muito maior que a discussão de Direita ou Esquerda, pois o povo quer soluções e resultados para os seus problemas. Essa discussão não preocupa quem está precisando de um médico para sua saúde, de um emprego para seu sustento ou de segurança para suas famílias. Os políticos não querem sofrer uma intervenção cidadã, mas tenho esperança que ela vai ocorrer em outubro, com o voto consciente e inteligente nas próximas eleições. Não existem soluções fora da democracia!
Por Fernando Silveira de Oliveira,
Acadêmico e presidente do Diretório Acadêmico de Direito Moysés Vianna da URI Campus de Santiago


EU SÓ QUERIA ENTENDER - ARTIGO PUBLICADO NA GAZETA DO SUL

De início já impetro um habeas preventivo contra os patrulheiros e as patrulheiras de plantão, sempre zelando pelos dogmas do “ politicamente correto”. Não estou afirmando nada, não me arrastem acorrentado à Santa Inquisição.  Estou apenas perguntando, perquirindo, matutando, querendo “ einteideir” como dizem os paulistas.
A saúde de que tanto ódio contra as leis do mercado? Queria entender essa belicosidade contra quem empreende e se dedica aos negócios lícitos.E por que esses “líderes” praticamente nunca trabalham, sempre escorados em suas corporações?
No nosso país flui um viés de se considerar todo empregado hipossuficiente e o patrão um explorador de mão de obra escrava. Não que eu desconsidere que  nesses litígios há que se considerar a posição mais frágil do empregado, mas as coisas tomaram um rumo que, até bem pouco, resultava numa “ indústria” de reclamatórias. Parece que a fonte secou.
Não consigo entender essa renitente crença de que hoje os “ meninos” de 16 anos,delinquentes  armados , têm que  ser “ apreendidos” , não tendo um julgamento como na maioria dos países civilizados, em que a responsabilidade penal é muito mais rigorosa.
É o coitadismo tupiniquim?
E por que não há sanções severas contra alunos que surram professores, só incomodam nas salas de aula e  ainda têm o apoio de seus pais irresponsáveis e condescendentes?
Mudando de área.
Que espécie de contratos se celebram entre clubes de futebol e atletas? O cara tem fama, é contratado por 300 paus por mês, mas prefere  passar na balada, fica bebendo e não corresponde mais. Vai para a reserva e  depois  treinar separado. Só que seu contrato se estende por mais dois anos. Sempre ganhando os 300 mil por mês. É razoável isso? Por que não constam do contrato cláusulas de desempenho, com possibilidade de rescindir a avença no caso de  desídia total do atleta? Dirão, daí  o cara famoso não assina. Ok, mas os tribunais deveriam ter mais atenção para o mundo real e concreto.
Sou magistrado aposentado, mas essa de , ante uma falta ética séria aposentar o juiz por tempo proporcional de serviço, é de doer.  Ainda: ante demora injustificada de dar andamento ao feito, dever-se-ia, decorrido um prazo razoável, redistribuir o processo, descontando-se uma parcela nos vencimentos.Claro que tudo depende de alterações legais. Nunca  vai acontecer no Brasil do coitadismo.  Esse mesmo país que não sabe mais o que é autoridade.